XIV Salão da Primavera - 24 Abril a 2 Maio 2004, no Centro Paroquial de Paço de Arcos. Todos os dias das 16 ás 19 horas.

“ Uma exposição de artes plásticas é, também,

uma exposição de ideias e emoções “

     Uma exposição como esta, em que figuram trabalhos de vários artistas, permitindo inúmeros suportes e interpretações, pode entender-se como uma viagem ao redor da própria viagem.

     Assim aqui ressaltam várias culturas, variados saberes, inúmeros sabores, cada qual com a sua valência, a sua maturidade e experiência , e nós, meros  espectadores —simples mas não menos importantes — somos, por nossa vez, extremamente selectivos, com conhecimentos artísticos ou somente dotados de intuição que um olhar dá, em profundidade ou superficialmente, e que interpreta a “ mão “ do artista e o sonho que o levou a conceber a obra que temos perante nós.

      A Arte pode dispensar a palavra, mas esse pressuposto não impede que uma imagem inspire a vontade de se dizer qualquer coisa. O importante é que haja uma vibração. Se as obras apresentadas não desencadearem uma qualquer sensação, uma emoção, dificilmente as palavras que sobre elas possa dizer o poderão fazer.

     Há quadros, esculturas ou cerâmicas, que tiveram a felicidade de terem encontrado vozes que os eternizem e, outros mais modestos, não vão além de um esforço que não conseguiu, no entanto, dar-lhes vida para respirarem o doce ar do êxito e da imortalidade. Porém estes também merecem o nosso carinho, admiração e apoio, pela vontade e empenho na realização de uma obra, que, nalguns ângulos, nalguns aspectos, nos surpreende e encanta pela sua poética imanente ou realidade que procuramos adivinhar.

     Aqui estamos, pois, para os traduzir sensorialmente, para os sentir palpitar e lhe darmos a justeza da nossa apreciação, numa certeza : nós … quereríamos ser como eles! Entregarmo-nos àquilo de que gostamos e termos a sua sensibilidade, a sua “ arte”.

     Se Paris viveu com Proust e Stendahl, Lisboa com Pessoa, Cesário e Eça, a Baía com Jorge Amado, Dublin com Joyce como escritores de eleição, Paço de Arcos teve um Bonvalot, um Thomaz de Mello (Tom), um Victor Câmara, um Elisiário Carvalho — todos artistas que se escrevem em maiúsculas!

                                                                          Joaquim Coutinho 

Artista homenageado: 

ZÉ MANEL

Zé Manel ( José Manuel Domingos Alves Mendes ) nasceu em Lisboa no ano de 1944.

Cursou a Escola de Artes Decorativas António Arroio. Exerce a sua actividade em áreas   como ilustração, cartoon político e humorístico, livros escolares e infanto-juvenis, caricatura, aguarela, vitral …

Tem colaborado em inúmeros jornais e revistas, foi várias vezes premiado em exposições e salões especializados.

Homenageado no Festival da Sobreda 2002 e XIV Festival Internacional da Amadora 2003, com o prémio Amadora Cartoon.

Lutin d’ Argent no Festival Internacional de Saint Estéve, França ( 1992 )

Tem publicado vários Álbuns e Livros.

Artistas convidados:

ALBERTO VIRELLA ( BERT)

ALCINA COELHO

ANABELA VILARES

AIDA SOUSA DIAS

ANTÓNIA CÂMARA

ANTÓNIO FIRMINO

ANTÓNIO OLIVEIRA

ARTUR GUEIFÃO

DIMITRI LELCU

ELISIÁRIO CARVALHO

FRANCISCO VILAÇA

FERNANDO GRADE

GAMA FERNANDES

HELENA FIGUEIREDO

ISAAC ANDRADE

JOÃO PAULO

JOAQUIM CORREIA

JOE FRITZ

JOSÉ SANTOS

JOSAINE GUILITTE

JÚLIA DINIZ

LUÍS MATEUS

MARIA LURDES PINTO

MARIA MORAIS

MERCÊS DE VILLASECA

PAULO AFONSO

PEDRO GODINHO

TÓ MARTINEZ 

VALDEMAR DÓRIA

VICTOR CÂMARA